terça-feira, 5 de outubro de 2010

Os Sofrimentos do Jovem Werther (Johann Wolfgang Von Goethe)

Produzido em 1774, por Johann Wolfgang Von Goethe, “Os Sofrimentos do Jovem Werther” é considerado uma obra-prima da literatura mundial por muitos. Apesar de ser narrado em primeira pessoa, o autor exalta o “eu” de uma forma que não ocorria em livros dessa época do Romantismo. Talvez seja esse um dos motivos que levaram a tamanha repercussão do mesmo, que não era esperada nem pelo próprio Goethe, por ser também sua primeira obra alemã.
Por um longo período, mesmo longe da família e amigos, o jovem Werther escreve cartas para Wilhelm, seu amigo. Werther vive o drama do amor não correspondido - característica típica do Romantismo -, um amor idealizado apenas, pois sua amada Charlotte (Lotte) está noiva de Albert - que havia prometido a mãe da mesma que iria cuidar dela.
“Reina em minha alma uma serenidade maravilhosa, semelhante à das doces manhãs de primavera que procuro fruir com todas as minhas forças”. Neste trecho, em que Werther ainda não se encontra apaixonado, o destaque é totalmente voltado para a natureza, que se torna inútil a partir do momento que ele conhece Charlotte e se apaixona. Já no trecho a seguir, podemos perceber que o foco passa a ser outro.
“Para mim, ela é sagrada. Todo desejo emudece em sua presença.” Aqui vemos como Werther está perdidamente apaixonado - e até fraco. Ele tenta se mudar e jura nunca mais vê-la a fim somente de esquecê-la, e mostrando sentimentalismo, não perde o amor (ou “desapaixona”). Mesmo após ver sua amada casar-se com outro e ele perceber que sua presença gerara ciúmes, Werther mantém seu amor e, em mais um ato de total perdição, ele declama um poema para sua amada no seu último encontro, e então ocorre a cena mais romântica: o beijo do casal. Contudo o clima se quebra no momento que a moça diz nunca mais querer ver o jovem, dando início à parte mais triste e sofrida do livro.
Ao descobrir que seu amor é impossível, o jovem decide se suicidar de forma cruel, com um tiro - da arma de Alberto - na própria cabeça, e pede para Lotte enviar as armas – em que disse que precisara de proteção em sua suposta viagem -, num ato de total prova de amor e sofrimento, em que ele é domado por seus sentimentos, que ficam claros na seguinte passagem: “É preciso que um de nós três desapareça, e sou eu quem deve desaparecer.” No caso, os três indivíduos citados são: sua amada (Lotte), seu marido Albert e o próprio Werther.
Devido ao sofrimento mostrado no livro (principalmente no fim), o livro ao ser publicado gerara diversos suicídios em toda a Europa, sendo em que alguns países a sua publicação fora proibida.
Pedro de Souza Dias Nº25 1º ano ensimo médio "A"

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