domingo, 12 de dezembro de 2010
Felicidade Clandestina
Para: Prof. Giovanni Marques Santos
Título do Livro: Felicidade Clandestina
Autora: Clarice Lispector
Sabendo que um conto é uma narrativa ficcional menor que um romance, com poucos personagens e em torno de um conflito único, muito agradável de ser lida, não foi difícil escolher 3 contos deste livro, que reúne um total de 25.
Meus contos preferidos foram:
Felicidade Clandestina
Clarice Lispector recorda nesse conto um fato de sua infância em Recife.
Ela era amante dos livros. Os livros eram seu maior objeto de desejo. Sua “amiga” se sentia poderosa porque o pai era dono de uma livraria e então manipulava Clarice com sua crueldade para emprestar livros. Fazia a menina se humilhar e voltar várias vezes em busca do livro prometido. Até o dia em que a mãe da menina maldosa interveio e a fez emprestar o livro.
A palavra clandestina foi usada para descrever o sentimento de felicidade que a menina sentia cada vez que encontrava o livro e lia um trecho. Ela curtiu o livro pouco a pouco para se sentir feliz por muitas vezes.
Restos de Carnaval
Nesse conto Clarice Lispector recorda outro acontecimento de sua infância passada nas praças e ruas de Recife durante um carnaval. Sabemos da importância dessa festa popular em Recife. Nesse carnaval, em especial, sua mãe fica doente . Um sentimento de tristeza e luto pessoal contrasta com a alegria da festa do carnaval. Haviam planos de fantasia e muita expectativa. A menina não pôde participar porque havia tristeza em casa.
O grande passeio
Nesse conto a autora descreve uma pobre mulher chamada Mocinha, moradora de rua que havia perdido o que a vida lhe dera: um filho, Rafael; uma filha Maria Rosa e o marido. Todos morreram em situação trágica. Clarice Lispector usa palavras simples para descrever como é triste para uma pessoa não ter moradia, nem família que a acolha. Ninguém quis ficar com a senhora, nem por consideração, nem por relação familiar.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
O Alienista de Machado de Assis
O Alienista - Machado de Assis
Protagonizado pelo – conceituado - médico Simão Bacamarte, que decide iniciar um estudo diversificado, ligado a loucura. Ele funda um hospício – a Casa Verde -, a fim de realizar seu estudo. Simão interna quase toda a sua cidade, até que esta se revolta contra o médico. Com uma intervenção militar, contudo, o médico se recupera. Isso dura pouco tempo. Logo, Simão revê o caso e chega à conclusão de que a maioria dos internados poderiam ser libertados, e assim ocorre. Finalmente, o próprio médio vê que o único louco é ele mesmo, e acaba morrendo sozinho em seu hospício, alguns anos depois.
O livro é marcado pelo sarcasmo de Machado, além do confronto proposto por ele, entre a religião e a ciência.
Quincas Borba
Quincas Borba, um homem rico, ao morrer deixa sua fortuna para um Rubião, seu amigo. Este com muito dinheiro decide mudar para o Rio de Janeiro, tendo de levar consigo um cachorro também chamado Quincas Borba, no qual teria de cuidar ou poderia perder a herança que recebera.
Na viagem de trem para o Rio, o Rubião conhece um casal de vigaristas chamados, Sofia e palha. Após algum tempo de amizade com o casal decide confiar cegamente nos dois e palha pega sua fortuna para administrar.
De pouco em pouco, palha e Sofia vão roubando o dinheiro do Rubião. Após algum tempo este vai ficando louco e acaba morrendo, pobre e na miséria. Isto confirma acaba confirmando a velha tese de que os mais fortes sobrevivem.
Este livro é narrado por uma pessoa que não sabemos quem é, esta conhece em uma livraria um homem chamado Monsieur. Depois de um tempo de se conhecerem o narrador chama Monsieur para morar junto com ele em uma casa na qual muitas pessoas diziam ser assombrada.
Um dia em que os dois estavam andando pela rua viram uma noticia num jornal sobre um assassinato de mãe e filha na rua morgue.
Depois de um tempo foram descobrir que o assassinato que ali acontecera fora de grande violência e crueldade, mas que ao sair o assassino deixara a casa bagunçada. Então a polícia prende um suspeito que não tinha nada a ver com o caso.
Com pena do homem apreendido pela policia, Monsieur vai tentar libertar o suspeito e passa a investigar o caso. Foi ai então que Monsieur desconfia de um orangotango e resolve fazer um anuncio no jornal dizendo que tinha encontrado e capturado um orangotango que não era dele e se o dono lesse o anuncio poderia procurá-lo.
Um homem decidiu procurar Monsieur, dizendo que seria o tal dono do macaco. Monsieur lhe conta a historia do assassinato e que ele devia dizer a polícia que era o dono do macaco.
O homem vai ate a policia e conta que seu macaco tinha fugido e que seguiu o tal até a rua morgue, onde o macaco teria sido atraído por uma luz de uma casa. Mesmo não podendo segui-lo, o homem conta que o macaco começou a brincar com uma mulher, foi ai que se descobriu o verdadeiro assassino.
O Alienista - Machado de Assis
Dr. Bacamarte de tanto estudar, começou a achar que todas as pessoas da cidade estavam loucas, pois cada pessoa tem uma mania diferente, então cuidar das pessoas, prendendo em sua casa. Dona, evarista, senhora muito mais nova que ele e com quem ele se casou, nao concordava com essa ideia, pois devido a itensidade dos estudos do marido, ele estava começando a ficar louco. Após o pedido de ajuda de D. Evarista ao padre Lopes que deu a ideia de saírem de Itaguaí, e passar alguns dias no Rio de Janeiro, mas para convercer Dr. Bacamarte era difícil. D. Evarista utiliza argumentos de desejos que queria ir para o Rio de Janeiro e comer tudo o que tinha de direito.
Não ligando para o fato, Bacamarte acaba indo para a Câmera, onde os políticos debatiam o fato de ter uma casa onde as pessoas ''loucas'' eram curadas. Logo o fim do debate, resolveram que a casa seria construída na Rua Nova, a mais bela de Itaguaí.
Depois de certo tempo, onde as pessoas já estavam internadas, começou a perceber que as essas pessoas não passavam de normais, e que na verdade ele que estava começando a ficar louco! Após um determinado tempo ele soltou todas as pessoas que estavam presas, e então ele mesmo se prende na casa e depois o alienista acaba morrendo em sua clínica.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Quincas Borba do Machado de Assis
O livro conta a história de Pedro Rubião de Alvarenga, um ex-professor primário, que herda a herança de Quincas Borba , logo após a sua morte. Mas, para herdar a fortuna de Borba, ele tinha a condição de cuidar do seu cachorro, este com o seu mesmo nome.
Rubião para tomar posse da herança, parte para o Rio de Janeiro, mas na viagem, conhece Cristiano de Almeida e Palha e sua esposa Sofia, ambos vigaristas. Ele então conta a sua história, diz que herdou uma grande fortuna e os dois já preparam um golpe para dar nele. Sofia o seduziu, e ele se apaixonou por ela, ele começou a fazer todas as suas vontades, e os dois aproveitam para roubar todo o seu dinheiro aos poucos.
Rubião com o tempo começou a enlouquecer, por achar que estava traindo o seu melhor amigo. E a tudo o que estava acontecendo, o cachorro Quincas Borba assistia de camarote. Rubião louco, acaba morrendo e o seu dinheiro fica todo para o casal de vigaristas.
Essa tragédia prova a teoria de Borba, de que a vida é um campo de batalha onde só os fracos sobrevivem e os ingênuos são massacrados, assim como aconteceu com Rubião.
A Metamorfose - Franz Kafka
Conta a história de Gregor – trabalha em um armazém - que não era amado pela família, e tinha a atenção da mesma apenas por sustentá-la – acaba descobrindo só no fim da obra - , e que fica evidente após o próprio Gregor dizer que passa a ser tratado diferente pela família, com o fim da mordomia, e início de sua metamorfose – sendo essa física (um inseto), daí o título do livro, e ele abandona tudo O personagem, contudo, passa a ter preocupações não somente físicas, mas também psicológicas. Dessa forma, Gregor vê o mundo diferente, com uma atenção a mais em tudo, e parece que tudo muda ao seu redor.
“A Metamorfose” é considerada um conto, por possuir uma pequena extensão – não mais que vinte mil palavras. Uma obra fantástica no olhar da maioria dos leitores e daqueles que apreciam uma boa leitura.
A Metamorfose
Editora:Ática
Publicado:1915
O autor conta a história de Gregor Samsa,caixeiro-viajante,que deixa de viver sua vida para sustentar a família com seu trabalho.Ele morava com seu pai, mãe e irmã.
Certa manhã ao acordar Gregor percebe que se transformou num inseto nojento,ocorrendo aí a metamorfose.Sua vida se transformou totalmente, sempre querido pela família, passou a ser rejeitado por todos.Apenas a irmã levava sua alimentação, mas mesmo assim sempre com muito medo.
Gregor passa a prestar atenção nas coisas que o rodeia, com sua metamorfose todos passam a trabalhar, ninguém depende mais dele, ao contrário todos querem se livrar dele, pois passa a ser a vergonha da família.
Gregor se sentia muito triste,pois o amor e o carinho também se metamorfoseou,ninguém o amava mais.
Com o tempo ele se acomoda com a nova condição, sem perceber realmente no que se tornara.
O livro na minha opinião nos alertam para valorizarmos as pessoas como elas são e não o que elas nos proporcionam.O desinteresse e o desprezo pelas pessoas improdutivas estão em toda a parte.
Eu recomendo o livro às pessoas que valorizam mais os bens materias do que os sentimentais, quem sabe elas passam a refletir o que realmente é o certo e deixam de serem mesquinhas e ocas por dentro.
Franz Kafka nasceu no dia 3 de julho de 1883 em Praga.Filho de uma família judia,Kafka foi oprimido em sua infância e adolescência pelo pai, fazendeiro abastado que se interessava apenas no sucesso material.
Estudou Direito na Universidade de Praga entre 1901 e 1906 onde conheceu Max Brod grande amigo(seu futuro biógrafo). Sempre teve muito êxito nos cargos que trabalhara, se destacou pela sua narrativa, pela lucidez.
Sua única obra publicada em vida foi A Metamorfose, a partir de 1917, Kafza permaneceu muitos períodos em repouso por razão da tuberculose.
Suas obras-primas foram publicadas após sua morte,são elas O Processo e O Castelo.
Franz Kafka morreu 3 de junho de 1924, aos 40 anos, no sanatório, na Austrália
Pamela da Silva Ribeiro
1ºB Nº21
Professor:Giovanni
Colégio São José
O Alienista
Vinícius Campos 1ºAno A nº31
Travessuras da menina má
Vinícius Campos 1ºAno A nº31
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida
Como se estreasse um novo gênero literário para o país, o livro “Memórias de um Sargento de Milícias” foi sendo publicado, inicialmente sob estrutura folhetinesca, a partir de 1852. Seu enredo traz aos brasileiros uma nova abordagem: ao construir figuras populares – com destaque às camadas inferiores da sociedade -, o autor revela a “alma brasileira”, capaz de dar um “jeitinho” para resolver qualquer problema. E partindo dessa visão, cria o primeiro personagem malandro de nossa literatura (Leonardinho), que podemos considerar um anti-herói. Mas não é apenas essa característica que diferencia a obra das demais de sua época. Surgindo ainda no período que nomeamos “Romantismo”, o livro de Manuel Antônio de Almeida não apresenta idealização de seus personagens, ponto marcante dos “romances românticos”. Mesmo as mulheres do livro – tão perfeitas e idealizadas na fase romântica – acabam sendo apresentadas como feias.
A história mostra ainda uma visão um tanto crítica da sociedade brasileira – o que já começa a dar pistas dos movimentos literários que estavam por vir -, e mostra personalidades mais reais, isto é, já não há heróis ou vilões, mas caracteres impulsionados por suas necessidades, sejam estas referentes à fome ou até mesmo a um desejo de ascensão social. Com efeito, “Memórias de um Sargento de Milícias” acaba se constituindo em um romance satírico, no qual a sociedade do Rio de Janeiro colonial é retratada em tom humorístico – o que podemos notar facilmente em diversas passagens da obra.
Quanto ao seu título, “Memórias de um Sargento de Milícias”, deve-se ao fato de o personagem Leonardinho (o protagonista) ter se tornado um sargento da guarda carioca.Ainda que não esteja escrito em primeira pessoa, como sugere com “memórias”, a palavra deve ser interpretada mais por sua significação íntima da visão dos fatos vividos pelo anti-herói. O protagonista, Leonardinho, já representa, desde o nascimento, uma figura de origens caricatas. Nascido a partir de “um beliscão e uma pisadela” (costume popularesco da época), já nasceu com “maus bofes”, como afirma sua vizinha no enredo, e vai aos poucos sendo apresentado como um vadio. Fora abandonado pela mãe e pelo pai, e criado pelo padrinho, que era bem estabilizado financeiramente – apesar de depois descobrir-se a origem vil da quantia. Leonardinho não é, portanto, um personagem típico. No desenrolar do romance, ele passa pelas mais diversas aventuras e confusões, mas sempre sai a salvo - é protegido -, e não deixa de lado essa sua velhacaria.
Conclui-se, dessa forma, que Manuel Antônio de Almeida fugiu completamente do ideal romântico nessa sua única obra, e é certamente por esse motivo que a história de Leonardo Pataca não foi bem aceita inicialmente, reportando com ironia os costumes de uma sociedade em transição.
Tainah de Souza Domingues (nº26) - 1º ano “A”
Quincas Borba - Machado de Assis
O livro conta a história de Quincas Borba , um filósofo rico que morre infecção pulmonar deixando para seu amigo Rubião toda sua fortuna. Como condição para ficar com a herança Rubião deveria cuidar de seu cachoro Quincas Borba, que tinha o mesmo nome.
Após receber a herança, Rubião muda-se para o Rio de Janeiro levando consigo o cão.
Durante a viagem Rubião conhece Sofia e o marido dela, Palha. O casal logo percebeu que Rubião era rico e ingênuo. Rubião, confiando cegamente em Palha, passa a administração de seus bens para ele. Como Palha era desonesto, roubava parte de seus lucros com muita frequência. Com o tempo Rubião começa a se interessar por Sofia, ficando ainda mais vulnerável. Aos poucos ele vai empobrecendo e comprovando a teoria do humanitismo, que só os fortes sobrevivem, aos fracos cabe a morte ou a compaixão. Essa teoria tinha sido defendida por Quincas Borba. Ele comparava a humanidade a duas tribos e pouco alimeto. Ele dizia que se duas tribos tivessem em seus campos batatas suficientas para nutrir apenas uma tribo e que a divisão de alimentos significaria a morte de ambas, a guerra seria a única chance de sobrevivência. A tribo vencedora sobreviveria e a derrotada certamente morreria.
Rubião que era fraco foi explorado até a miséria, enloquece e morre, comprovando a teoria de Quincas Borba.
José Carlos Baganha de Paula Jr.
1º Ano "A"
O Alienista - Machado de Assis
Depois que Simão Bacamarte voltou da Europa, resolveu desenvolver uma teoria sobre o tratamento da loucura. Ele conseguiu verba da Camâra dos vereadores de Itaguaí para fundar um hospício que recebeu o nome de casa verde.
Neste hospício, ele interna pessoas doentes mentais que antes recebiam cuidados da própia família, mas depois começa a observas as pessoas e perceber comparmentos diferentes. Todos que apresentavam comportamento que ele considerava fora do normal logo eram internados. Para ele até as pessoas honestas eram loucas e aos poucos quase todos moradores da cidade estavam internados. Com o número elevado de internações ele muda o tratamento dos pacientes. Os pacientes e amigos do pacientes internados se revoltam e logo dá início a uma revolução para contestar Simão Bacamarte e acuado ele acaba cedendo, solta todo mundo e se interna na casa verde dizendo que vai reunir nele mesmo a teoria e a prática, isto é, ele passa a estudar seu própio comportamento.
O capítulo que fala sobre a internação de Simão Bacamarte foi o mais surpreendente.
José Carlos Baganha de Paula Jr.
1º Ano "A"
Quincas Borba – Machado de Assis
Além da herança, Quincas Borba, o filósofo, trata também de deixar sua tese humanitista para que seja repassada ao mundo por Rubião. Tal filosofia era caracterizada pela máxima: “Ao vencedor, as batatas”. Quincas Borba explica sua teoria dando como exemplo uma história sobre duas tribos famintas em conflito por um campo de batatas que apenas chega para alimentar uma das tribos. Ao término da história o filósofo diz: “Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas”. Em síntese, o “Humanitismo” diz que os fortes sempre eliminam os fracos.
Depois da morte de Quincas, Rubião vai morar no Rio de Janeiro. Dentro do trem e a caminho da cidade ele se encontra com o casal Cristiano e Sofia Palha. Rubião encanta-se com a beleza de Sofia, conta ingenuamente sobre sua herança, o que atiça os pensamentos de Cristiano, que logo oferece sua casa para Rubião e sua ajuda durante a estadia na capital.
Depois de um tempo Rubião pede para que Cristiano vire seu sócio e acaba se apaixonando ainda mais por Sofia. A cada olhar dirigido a ela se sente correspondido, alimentando assim seu sentimento. Cristiano, sabendo sobre a paixão de Rubião por sua mulher, se aproveita da situação e pede para que Sofia seduza Rubião com o desejo de extorqui-lo.
Com o passar do tempo o casal Palha tira muito dinheiro de Rubião. O herdeiro de Quincas fica cada vez mais fraco financeiramente. Sofia agia de forma ambígua, conseguindo seduzir Rubião e manter fidelidade ao seu marido. Cristiano, por sua vez, como sócio de Rubião, era visto pelo tolo professor como seu melhor amigo. Tal ingenuidade de Rubião o impedia de perceber o real interesse do casal de supostos amigos. Cristiano e Sofia se mudam de Santa Teresa para a Praia do Flamengo, e de lá para um palacete em Botafogo.
Ao longo da obra Machado de Assis apresenta um Rubião com sintomas de loucura. A insanidade do homem era tão aparente que, depois de perder seu dinheiro, Sofia e Cristiano ainda contribuem para que Rubião seja internado. Mas Rubião desaparece. Ele volta para Minas Gerais junto com o cão. Sem um lugar para passar a noite, o homem se recolhe na porta de uma igreja e enfrenta uma dura tempestade. Ao amanhecer tem outro acesso de loucura, arde em febre e morre. Quincas Borba, o cão, recebe o mesmo destino poucos dias depois.
Machado de Assis desenvolve o enredo de Quincas Borba de forma diferente dos demais clássicos realistas, pois narra em terceira pessoa e é mais objetivo. A insanidade e teses cruas sobre o ser humano são tema da obra, já que é motivo de fim para Rubião e também de Quincas Borba, apegado por sua teoria do “Humanitismo”. De qualquer forma, Rubião comprova a tese de Quincas na prática: as batatas destinam-se ao casal Palha enquanto faz papel de perdedor e fraco da história. Na maneira como apresenta as ações do ser humano, Machado evidencia claramente suas características como escritor realista, estilo literário iniciado por ele mesmo no Brasil com Memórias Póstumas de Brás Cubas.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
“A metamorfose” – Franz Kafka
Em um jantar entre a família Samsa e os hóspedes que alugavam o cômodo da casa, Grete tocava violino. Gregor, reconhecendo o som, começa a se aproximar saindo do quarto para ouvir sua irmã. Um dos hóspedes notou sua presença, assustando-se. Tal aparição comprometeu o aluguel do cômodo, já que a presença de Gregor deveria permanecer oculta.Em uma manhã, a empregada ao limpar o quarto, percebe Gregor imóvel. Achou que era uma situação de costume, mas estava morto. Chamou pelos familiares. Grete reparou que há tempos Gregor não comia direito. O pai agradecia, vendo-se livre daquela situação, exclama um “graças a Deus”. A empregada livra-se do corpo de Gregor e a família passa a viver de uma forma melhor, pensando em um futuro e em casar a filha Grete. O livro traz reflexões a respeito do valor do ser humano, já que, até mesmo depois de morto, foi visto como um alívio o fato de não estar mais aos tratos da família. A grande mensagem de Kafka está em que as pessoas recebem cuidados enquanto são úteis para algum tipo de renda ou situação.
O Alienista
Machado de Assis(Publicado em 1882)
O livro conta a história de um psiquiatra chamado Simão Bocamarte onde utiliza cobaias humanas para suas pesquisas e passa a interná-las julgando-as como loucas.
Casa Verde era o nome do hospício que Simão Bocamarte instalou em Itaguaí, nem sua esposa escapou da internação.Os exageros de Simão ocasionaram uma rebelião, tendo como líder o Barbeiro Porfírio.
Com a intervenção militar, trancafiando os revoltos no hospício,Simão Bocamarte recupera o seu prestígio.
Entretanto Simão Bocamarte chega a conclusão que as pessoas que ele internou era um caso a repensar e ele inverteu a situação,soltando as pessoas que ele havia internado e passando a se internar se achando o único sadio, morrendo após dezessete meses.Apesar do boato de ser o único louco de Itaguaí, recebeu honras póstumas.
Dividido em treze capítulos o livro O Alienista é narrado em terceira pessoa.
Na minha opinião o livro nos mostra que não devemos julgar as pessoas sem conhecê-las.Pra mim o mal não está no racional e nem no normal, mas sim no humano.
Machado de Assis, nasceu no Rio de Janeiro em 21 de Junho de 1839 era cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romantista, crítico e ensaísta.Algumas de suas obras:Helena, Memórias Póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro, Quincas Borba, O Alienista,etc.Morreu em 29 de setembro de 1908 considerado um dos mais importantes escritores brasileiros de todos os tempos.
Pamela da Silva Ribeiro
1°B Colégio São José
Professor:Giovanni
domingo, 21 de novembro de 2010
O Alienista
Quincas Borba
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
1984
Através desse livro pude perceber o quão autoritário e opressor eram os regimes totalitários. A história foi escrita em 1948, sob o olhar atento de George Orwell, que imaginou o futuro (1984). Winston Smith é o personagem principal, sob o qual toda a história rodeia. Ele não gosta do Grande Irmão, considerado o chefe, e muito menos de seu partido: Ingsoc. Existe o Ministério do Amor, da Verdade, entre outros em que trabalham as pessoas, cada uma com determinada função. Winston trabalhava no da Verdade e seu serviço era modificar as notícias ao longo do tempo de maneira que favorecesse o partido. A Polícia do Pensamento punia as pessoas acusadas de crimideia (crime realizado através de ideias contrárias ao governo) tornando-as impessoa, vaporizando-as. Assim, conseguimos enxergar o controle sobre o pensamento e as ações das pessoas, que mais se agravou com a instalação das teletelas, que vigiavam a vida de todos os membros internos e externos. Ao longo do tempo, Winston compra um bloco e um lápis para poder se expressar. Assim, onde morava, havia um local onde a teletela não alcançava e ele podia escrever tranquilamente. Na história, durante várias vezes existe os dois minutos de ódio, onde todos se reúnem para assistir às propostas do Grande Irmão e nessa hora, os que não concordam ficam com imensa raiva, o que leva à Polícia do Pensamento identificá-los rapidamente. Winston identificou-se com Júlia, uma mulher que também trabalhava no partido, porém, em outra sessão (ele separou de sua antiga mulher pelo fato dela seguir rigorosamente o que o partido exigia, principalmente em relação ao sexo). Nessa intensa paixão, Winston Smith e Júlia instalam-se em um sobrado, em cima do antiquário onde ele havia comprado seu diário. O’Brien trabalhava no partido interno e convidou o rapaz para conversar e conhecer o dicionário de novilíngua (nova língua utilizada por membros do partido). Conversaram e O’Brien mandou um de seus homens entregarem um livro à Winston, o qual era sobre a Fraternidade, instituição que todos acreditavam conhecer, comanda por Emanuel Goldstein, o qual também era contrário aos ideais do partido. Durante toda a trama, o personagem principal fica num dilema: ir contra ou não ao Ingsoc? Desafiar ou não o Grande Irmão?
Por fim, Winston e Júlia são presos no cubículo em cima do antiquário (o esconderijo), quando a voz de O’Brien surge da teletela. Na cadeia todos têm que passar pelo quarto 101. Neste quarto, os indivíduos sofrem seus piores pesadelos, tormentos e no caso de Winton era o pavor de ratos. Lá, o homem passou por três estágios de adaptação: aprender, entender e aceitar.Ou seja, submeter-se totalmente ao partido. Smith fez isso e por fim terminou morto com um tiro na nuca, conforme havia previsto: dedicou-se tanto ao partido, que morreu por ele.
O contexto é muito interessante e nos faz refletir como a mídia, a propaganda e diversos outros meios nos fazem reféns. É uma obra completa, sem defeitos e que nos leva à uma profunda reflexão sobre a que pé estamos deixando chegar o país, as relações humanas, a sede de poder, domínio e vingança. Gostei muito da leitura e recomendo a todos.
Matheus da Silva Souza n°: 23 2°A
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Laços de familia
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Fernando Pessoa
O livro é um conjunto de poesias ,que são apresentadas por temas e abordações iguais.São elas escritas por Alberto Caeiro, heteronimo de Fernando Pessoa, passam uma mensagem de paz,de calma transmitindo uma sabedoria que é dificil de se encontrar.
O livro é bem objetivista,busca resposta na Natureza e procura sentir as coisas como elas realmente são procurando evitar a subjetividade,que não se encontra em algum momento no livro.Caeiro é contra o misticismo e as coisas ocultas.
Apesar de ser um livro de poesias,que normalmente sao dificies de serem lidas e raramente entendidas,nesse Pessoa conseguiu atingir seu objetivo,transmitir suas mensagens para as pessoas e elas conseguirem entender,pelo menos eu entendi.
"Falaram-me em homens,em humanidade,
Mas eu nunca vi homens nem vi humanidade.
Vi vários homens assombrosamente diferentes entre si.
Cada um separado do outro por um esppaço sem homens."
Livro de Poemas
Ele fala de como é o cotidiano de uma pessoa , a paixão que está sentindo , a solidão a dor , retrata a vida com ela é , sentimentos inesplicáveis , angustia
Tem seus heterônimos no livro , e também poemas que ele é realmente o autor .
No poema , Para os Deuses seu heterônimo é Ricardo Reis – “ A natureza é só uma superfície”
No poema , Há doenças piores que as doenças é Fernando Pessoa mesmo o autor - “Dá-me mais vinho , por que a vida é nada“
No poema , A Criança que pensa em Fadas o autor é Alberto Caeiro – “ Age como um Deus doente , mas como um Deus “ .
Esses são alguns trechos que achei interessante do livro , textos pequenos qe lamentam , e expressão sentimentos .
Nome: Paulo Vitor Andrade S. Ferreira n° = 29 2° A Médio
A história se passa em uma taverna, com jovens (Solfieri, Bertram, Gennaro, Claudius Hermann, Johann, Artur e Geórgia) que haviam perdido o prazer de viver devido a um amor mal sucedido ou não correspondido. Passavam o dia contando fatos de crueldade e de assassinatos feitos por amor.
Ao relembrarem das dolorosas lembranças, os jovens buscam a bebida alcoolica, que era uma forma de terem suas dores minimizadas.
A princípio, a obra parece ser chata, com apenas conversas não muito interessantes entre jovens embreagados, mas com o desenrolar da história vai se tornando muito interessante, agradaria muito ao público amador de suspenses.
Podemos observar que os jovens tinham o amor acima de tudo, e que era preferivel morrer por amor que viver sem ele. Álves de Azevedo foi um grande membro do byronismo, autor também da Lira dos Vinte Anos.
Matheus Teixeira Nº 21 1º ano ensino médio.
Noite na Taverna
A primeira parte mostra a apresentaçao dos personagens e do ambiente na taverna.Na segunda a sexta parte,com todos os personagens bebendo e fumando,eles começam a contar histórias sobre violentação, corrupçao,adultério,necrofilia,assasinatos por vingança ou amor e outros assuntos.Na ultima parte a presença de uma moça mencionada em uma narrativa anterior faz com que todo o ambiente fantastico e irreal dos contos se torne verdadeiro.
Ao ler o livro pensei que iria ser entediante ,mas no final até que gostei do livro,apesar dele só contar histórias violentas, traições e etc..,no livro ocorre muitos suspenses e surpresas o que deixou o livro mais interessante.A obra foi escrita por Alvarez de Azevedo,um dos escritores mais famoso do byronismo e a obra foi publicada em 1855.
Paulo Francescato Daniel 1ºA
Nº:24
Os Sofrimentos do Jovem Werther (Johann Wolfgang Von Goethe)
Por um longo período, mesmo longe da família e amigos, o jovem Werther escreve cartas para Wilhelm, seu amigo. Werther vive o drama do amor não correspondido - característica típica do Romantismo -, um amor idealizado apenas, pois sua amada Charlotte (Lotte) está noiva de Albert - que havia prometido a mãe da mesma que iria cuidar dela.
“Reina em minha alma uma serenidade maravilhosa, semelhante à das doces manhãs de primavera que procuro fruir com todas as minhas forças”. Neste trecho, em que Werther ainda não se encontra apaixonado, o destaque é totalmente voltado para a natureza, que se torna inútil a partir do momento que ele conhece Charlotte e se apaixona. Já no trecho a seguir, podemos perceber que o foco passa a ser outro.
“Para mim, ela é sagrada. Todo desejo emudece em sua presença.” Aqui vemos como Werther está perdidamente apaixonado - e até fraco. Ele tenta se mudar e jura nunca mais vê-la a fim somente de esquecê-la, e mostrando sentimentalismo, não perde o amor (ou “desapaixona”). Mesmo após ver sua amada casar-se com outro e ele perceber que sua presença gerara ciúmes, Werther mantém seu amor e, em mais um ato de total perdição, ele declama um poema para sua amada no seu último encontro, e então ocorre a cena mais romântica: o beijo do casal. Contudo o clima se quebra no momento que a moça diz nunca mais querer ver o jovem, dando início à parte mais triste e sofrida do livro.
Ao descobrir que seu amor é impossível, o jovem decide se suicidar de forma cruel, com um tiro - da arma de Alberto - na própria cabeça, e pede para Lotte enviar as armas – em que disse que precisara de proteção em sua suposta viagem -, num ato de total prova de amor e sofrimento, em que ele é domado por seus sentimentos, que ficam claros na seguinte passagem: “É preciso que um de nós três desapareça, e sou eu quem deve desaparecer.” No caso, os três indivíduos citados são: sua amada (Lotte), seu marido Albert e o próprio Werther.
Devido ao sofrimento mostrado no livro (principalmente no fim), o livro ao ser publicado gerara diversos suicídios em toda a Europa, sendo em que alguns países a sua publicação fora proibida.
O livro do Dessassossego - Fernando Pessoa
No livro do desassossego, tem-se vários fragmentos de poemas e poesias escritas por heteronimos de Pessoa.
Trata-se de nada menos de um dia a dia dessassosegado de Bernardo Soares ( semi-heteronomo), parece que ele está angustiado pelo fato de compreender o verdadeiro significado da sua existencia e o porque de estar sentindo os sentimentos que nem ele mesmo consegue explicar.
Seus textos vao desde,minusculas frases à paginas de lamentações e indagações.
"Ah,não há saudades mais dolorosas do que as das coisas que nunca foram!" Bernardo Soares.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Os Assassinatos da Rua Morgue
Monsieur era um homem muito inteligente, que adivinhava o que estávamos pensando, com base com o que se passou durante o período da tarde. Surgem vários assassinatos misteriosos, em Paris, os quais não ha provas, dos crimes. Monsieur Dupin realiza uma investigação sobre esse crime e chega a uma conclusão: Um orangotango é o culpado (ele alega isso para inocentar um homem que estava envolvido). Há diferentes versões do livro, mas a história sempre tem o mesmo enredo: o investigador criminal, o assassino, mas neste caso o criminoso é um animal irracional.
O livro nos conta sobre uma história policial,e sobre mistérios.
Foi publicado,em 1841 por Edgar Poe.
Noite na Taverna
O livro foi publicado no ano de 1855, por Alvares de Azevedo.
Assassnatos na Rua Morgue e outars histórias
Editora:L&PM
A história se passa em Paris onde o narrador conhece Monsieur Dupin em uma livraria e os dois se tornam amigos.O narrador aluga uma mansão assombrada e passa a morar junto com o Monsieur Dupin.
O mistério da história é um assassinato de mãe e filha na Rua Morgue.Nem a polícia francesa consegue desvendar o crime.
Fiquei surpresa em saber que se tratava de um orangotango.Como foi inteligente a maneira que Monsieur Dupin desvendou o crime.
Ao ler o livro percebi que se trata de uma história policial surpreendente e regrada de mistérios,não é a toa que foi considerado o livro policial moderno na época.
Foi publicado em 1841 por Edgar Allan Poe,tendo suas obras marcadas por terror e gótico e foi também o 1º escrtior policial moderno
Pamela da S.Ribeiro 1ºB
Nº21
Giovanni
domingo, 3 de outubro de 2010
Fernando Pessoa Poesia
Editora: Agir
Fernando Pessoa foi um poeta e escritor português que dedicou sua vida à criar. Em suas criações desde os 7 anos até o leito de morte criou outras vidas usando heterônimos ( nome imaginário usado por um autor para mostrar um criador com características diferentes).
Suas poesias não são tão simples de entender, parecendo confusas algumas vezes. Gostaria de comentar sobre as três poesias deste livro que me chamaram a atenção:
1. Natal (Fernando Pessoa) - páginas 33,34
Essa poesia possui 3 estrofes e 12 versos e descreve com clareza a tristeza de uma noite fria de natal no hemisfério norte. Alguém sozinho e sem esperança comenta sobre as noites de natal de uma família unida e feliz.
A palavra "branca" foi usada para descrever a neve, a palavra "aconchegante" mostra as noites de inverno e o adjetivo "profundo" mostra a força do sentimento.
2. Marinha (Fernando Pessoa) página 32
Entendendo o significado de algumas palavras que aparescem no poema de 3 versos e 12 estrofes:
improfícuo: que não dá proveito, inútil
ditoso: feliz
O profissional da marinha é um amante do mar, apesar das tristezas das despedidas nos portos e dos planos, que muitas vezes não conseguem realizar por causa de suas idas e vindas. Eles se dedicam ao trabalham e passam a maior parte de sua vida em alto mar. Se não estão no mar não se sentem felizes. O poema "Marinha" descreve a vida do profissional que se dedica as viagens pelos mares.
3. Qualquer música ( Fernando Pessoa) páginas 32,33
Na poesia aparecem algumas palavras que é preciso estudar para então entender os versos:
jota: a décima terceira letra do alfabeto
harmônio: instrumento musical da família do órgão
realejo:instrumento musical , espécie de órgão mecânico portátil.
fado: dança portuguesa
Senti que o autor queria mostrar a importância da música na vida das pessoas. Qualquer música, qualquer rítmo, sentimentos de alegria, incerteza, confusão e porque não a música fala ao coração.
Daniela B. Kallas
Segundo ano A
C.S.J.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Noite na taverna
A história passa em uma taverna onde se encontra reunidos um grupo de jovens(Solfieri,Bertram,Gennaro,Johann,Claudis Herman) que contam histórias de assuntos diversos,todas são trágicas,cheia de vícios e de crimes,todos os casos são de amor pervertido com delírios absurdos.Endomados pela bebedeira e o cigarro eles falam de necrofilia,violência e até morte.
Foi publicado em 1855 em dois volumes e faz parte do segunda fase do Romantismo no Brasil.
Álvares de Azevedo teve suas obras marcadas por assassinatos e um forte sarcasmo e o amor é sempre idealizado.
Pamela da Silva Ribeiro 1º B
N°21
Giovanni
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Poemas Completos de Alberto Caeiro
Autor: Fernando Pessoa (texto integral)
Editora: Martin Claret
Ao ler este livro pude perceber como o autor Fernando Pessoa é um dos maiores escritores, já que com seus heterônimos consegue expressar tudo o que sente. Neste livro, quem é apresentado é Alberto Caeiro, o qual possui as seguintes características: a busca pela simplicidade; o desprezo pelo pensamento filosófico que deixa o indivíduo “doente dos olhos”; o contato com a natureza, a sua preservação e o não questionamento sobre a morte( ou seja, a aceitação desta), já que um dia todos morrerão; o uso de linguagem simples, versos livres e brancos, além de muita comparação. Essas e outras características marcaram o autor como modernista, em que o desapego às regras e a originalidade estavam completamente sendo cultuados. Esse “lado” de Pessoa recorda-me o Arcadismo, em que a valorização da natureza, do amor verdadeiro, da vida simples e a grande evocação de pastores e seus rebanhos eram extremamente marcantes. Ao contrário de outros livros de poesias que eu já tive a oportunidade de ler, este é diferente, em que cada poema não tem título e sim são como três textos discursivos e argumentativos (O Guardador de Rebanhos; O Pastor Amoroso e Poemas Inconjuntos), em que predominam as "fases da vida" do Alberto Caeiro e têm características que remetem à estrutura da poesia.Com a leitura desta obra pude perceber o quão desperdiçamos nossa vida pensando e observando nas ações dos outros, sendo que no fundo deveríamos ter a simplicidade, parar de reparar nos outros, erguer a cabeça e seguir em frente, sem olhar para trás, assim como dissera Caeiro:
“Antes o vôo da ave, que passa e não deixa rastro,
Que a passagem do animal, que fica lembrada no chão.
A ave passa e esquece, e assim deve ser.
O animal, onde já não está e por isso de nada serve,
Mostra que já esteve, o que não serve para nada
A recordação é uma traição à Natureza,
Porque a Natureza de ontem não é Natureza.
O que foi não é nada, e lembrar é não ver.
Passa, ave, passa, e ensina-me a passar!”
Assim, com esse poema temos um incentivo para não se prender ao passado e fazer uma nova vida a partir do presente.
Eu gostei dos poemas, embora não tenha compreendido todos, pois alguns utilizam diversas comparações entre coisas abstratas e concretas;pensamentos vagos; que às vezes, deixam o leitor confuso e sem uma “resposta” de leitura. Mesmo assim, recomendo a todos este livro e acredito que será de grande aprendizado e crescimento pessoal.Entrar em contato com a obra de Fernando Pessoa vale muito a pena pelos seus heterônimos e a “vida”, o jeito de cada um que com certeza atinge e identifica com a diversidade cultural do nosso imenso Brasil.
Aluno: Matheus da Silva Souza n°: 23
Série: 2° Turma: A
Professor: Giovanni
CSJ
Marília de Dirceu (Tomás Antônio Gonzaga)
Todos os poemas são escritos durante a prisão de Dirceu, na ilha das Cobras. Estes, contam como Dirceu se sente sozinho. Em todo o livro é possível perceber de forma explícita, algumas das principais características do Arcadismo, tais como: o bucolismo, o otimismo e ideal de vida burguês.
Como análise, podemos pegar como exemplo três poemas, de três partes distintas do livro. Logo na primeira lira (primeiro poema), podemos perceber a informalidade e simplicidade do eu lírico, com a idealização da vida no campo e com o ideal burguês. Vemos também a preocupação do mesmo com a aparência, e como ele se importa com os bens materiais, mas que estar bem é a principal coisa que se tem a fazer. Ele exalta seu amor com romantismo e faz comparações com o uso de metáforas. Já nesta parte, ele faz projeções para o futuro com sua amada, sempre idealizada.
Ao analisarmos a Lira XIX, podemos observar diferenças, em que o eu lírico já se encontra preso, e seu amor passa a ser somente idealizado e não concretizado. A tristeza e o sofrimento do eu lírico são marcas dessa lira, já que ele agora está só, tem somente o amor como companhia. Na fala, sempre está presente a fala romântica e calma, em que Dirceu tenta retratar da melhor forma seus sentimentos.
Na terceira e última parte, o foco passa a ser as traições e enganos. Diferente de outras partes do livro, agora o que toma conta de Dirceu é o pessimismo. Marília não é mais a única amada, uma vez que o eu lírico passa a citar outras pastoras nos sonetos, entrando no final do livro.
Foi publicado em 1792, ano em que Gonzaga fora exilado. Marília de Dirceu foi extremamente importante para a Literatura brasileira, ocasionando diversas edições do mesmo, gerando também o nome da cidade Marília, que fora em homenagem à Gonzaga – apesar de Gonzaga ser português.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Agosto (Rubem Fonseca)
Em uma mistura de fatos fictícios e reais – que permitem uma melhor localização do leitor no enredo -, o livro “Agosto”, de Rubem Fonseca, é uma narrativa policial que data a década de 1950 e que trouxe, em seu lançamento, polêmicas por focalizar o fim da Era Vargas.
Lançado em 1990, o livro retrata então um período transitório, ocasionado, principalmente, pelo Crime da Rua Toneleiros e o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954.
A obra, com linguagem de fácil entendimento e uso de termos um tanto coloquiais, conta a história do Comissário Mattos (em terceira pessoa) de uma forma que me pareceu bem impessoal. Apesar disso, certamente “Agosto” é capaz de manter no leitor um quê de suspense que se estende até o fim do livro, reforçado pelo clímax, que é representado na morte de Vargas.
Segundo tal narrativa, o comissário é chamado para solucionar o caso do assassinato do milionário Paulo Gomes Aguiar (no Rio de Janeiro). No mesmo período, um Major da Aeronáutica (Major Vaz) é ferido em um suspeito atentado. Ele estava com Carlos Lacerda, um dos grandes jornalistas e opositores ao governo de Vargas, que deveria ser o alvo do crime encomendado por um guarda particular do presidente Vargas – seu anjo negro. Mattos passa a acreditar então que o assassinato do milionário do qual se encarregara teria relação com o Crime da Rua Toneleiros, e a partir daí busca o dono do anel que fora encontrado na cena do primeiro crime. Quando descobre que o anel não pertencia ao anjo negro de Vargas (Gregório Fortunato, o mandante do atentado contra o jornalista), Mattos passa a correr riscos devido a suas investigações. E no fim, após tamanha agitação nacional, é – mais uma vez – como se nada tivesse acontecido.
“Agosto” mostra uma visão realista da política brasileira e proporciona agradáveis momentos ao leitor, mediante também a ampliação do conhecimento relacionado a tal contexto histórico, já que também envolve acontecimentos reais.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Antologia Poética - Carlos Drummond de Andrade
Com todo o seu dom para fazer poesia e prosa, Carlos Drummond de Andrade achou que fazendo um livro onde houvesse todas as suas exclusividades ele conseguiria mostrar tudo o que queria e de uma vez só.
Os poemas abrangem variados estilos como amor, amizade, politica, sociedade e muitos outros em que levam o autor a dividir o livro em 9 partes.
Sobre os poemas, ja tinha lido um e só aumentou minha admiração pelo poema entitulado Amar.
" Amar a nossa falta de amor, e na secura nossa/ amar a água ímplicita "
Poemas contando a cidade natal do poeta também é surpreendente e nos faz conhecer um pouco mais de sua história.
Adoro Carlos Drummond de Andrade e lendo sua obra só aprendi a gostar mais dele. Mesmo sendo só poesias e estas não estando em ordem cronológica, Drummond passa tudo o que precisa nos envolvendo em seu poema.
" Chegou um tempo em que a vida é uma ordem. A vida apenas, sem mistificação "
Carlos Drummond de Andrade
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Antologia Poiética de Carlos Drummond de Andrade
O termo "Antológico" significa digno de ser lembrado, aquilo que é memorável, portanto neste livro o autor conta em versos coisas memoráveis de sua vida. O livro está dividido em 10 partes. São elas:
- Um eu todo retorcido
- Uma província: esta
- A família que me dei
- Cantar de amigos
- Na praça de convites
- Amar-amaro
- Poesia contemplada
- Uma, duas argolinhas
- Tentativa de exploração e de interpretação de estar-no-mundo
- Suplemento
Em cada parte o autor organizou poesias sobre sua visão do mundo e sobre sua história de vida. Ele conta em poesias fatos que ele vivia e sua maneira de ver as coisas naquela época, na sua realidade.
Muito interessante o poema em homenagem "A Frederico Garcia Lorca" (pag. 138,139). Pesquisando sobre ele descobri que foi um escritor espanhol, vítima da Guerra Civil Espanhola que morreu aos 38 anos. Ele tinha idéias socialistas e tendências homossexuais e expressava-se abertamente sobre suas idéias. Foi perseguido por conservadores e morreu. Este poema, escrito por Carlos Drummond de Andrade faz uma homenagem ao poeta que foi morto por seus ideais, assassinado com um tiro na cabeça porque diziam que ele seria "mais perigoso com a caneta do que outros com o revólver". No poema fica claro a tristeza do escritor porque morria um homem justo e de paz.
"O Lutador" (pag. 243, 244, 245, 246) me chamou atenção porque mostra a luta, a rotina do homem trabalhador, da hora que amanhece até a noite, quando as portas das casas se fecham e todos adormecem, mas a luta continua. A poesia fala da luta pelo sustento do dia-a-dia, da ilusão e do mistério que é a vida. Para tudo na vida usamos as palavras, essa é a nossa arma...palavras fortes, palavras que mostram sentimentos, palavras que convencem, palavras que desafiam...são as palavras que nos fazem fortes ou fracos, usamos muitas ou poucas, mas usamos.
"Lutar com a palavra é a luta mais vã (inútil)..."
"Palavra. palavra, se me desafias, aceito o combate"
Daniela Kallás n.05 - 2A
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Antologia Poética
Autor: Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade selecionou poemas para a construção dessa antologia e dividiu-os em diferentes grupos. Na separação, não foi levado em conta a qualidade dos poemas, ou a época em que foram escritos e sim,as características em comum, as semelhanças que condicionavam a um mesmo conjunto.Eu gostei do livro por não focar em um só estilo de poema e sim, agregar todos, nos proporcionando uma maior variedade e a afinidade de cada pessoa com determinado tipo.
Nos poemas, Drummond fala das pessoas, da terra natal (Itabira, Minas Gerais) e de histórias vividas por lá, da família, dos amigos, do amor, da própria poesia, da tristeza, da alegria, da solidão, da idealização, da união, do medo, do tempo, da desilusão, enfim, são diversos temas que juntos “montam” essa grande obra, com tamanho talento, cultura e criatividade.
Como são muitos poemas, separei alguns para falar:
Poema de Sete Faces: Nesse poema, Drummond mostra o homem por trás dos óculos e do bigode, um homem quieto, com poucos amigos, um “gauche” na vida. Assim ele se sentia, como mais um na Terra, sem importância, como se não existisse. É uma autobiografia que nos remete a imaginar como ele era.
Confidência do Itabirano: Nesse poema, ele revela como era Itabira (MG) e o que ela influenciou na sua vida, nas suas atitudes, enfim, no seu modo de ser. Explica suas origens, o que teve (“Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou funcionário público”). Usa da ironia quando ele fala da herança itabirana (“hábito de sofrer / que tanto me diverte / doce herança itabirana”).Percebe-se que não foram os melhores tempos de sua vida e que ainda muita coisa está na memória.
Retrato de Família: Agora, Carlos mostra que o tempo transforma as pessoas e critica aqueles que muito se importam com a vida material, com o dinheiro, já que tudo isso é momentâneo e não se leva. No retrato empoeirado que está a família, o rosto do pai já não aparece mais, muito menos o dinheiro que ganhou. Nas mãos dos tios, também não se percebe as viagens feitas. A avó já não é mais a monarca e as crianças ganharam tranquilidade, e pararam de mentir.Já não sabe quem está vivo ou morto, só restam as lembranças.
Cidadezinha Qualquer: Esse poema é curto e possui versos no infinitivo e repetições querendo passar o quão pacata e tediante é uma cidade no interior. Há o uso também da prosopopeia (Devagar... as janelas olham).
Quadrilha: É um poema irônico que tem como assunto o amor. Os personagens tinham seus amores, menos Lili, que no fim da história (após o João ir para os Estados Unidos, a Teresa para o convento, Raimundo morrer num desastre, Maria ficar pra tia e Joaquim suicidar-se) casa-se com um homem que não tinha nem entrado na história (J. Pinto Fernandes).Assim, podemos perceber o casamento como algo ilustrativo, sem estar relacionado com as histórias de amor vividas, já que Lili não amava ninguém e é a única que se casa. São colocados em plano os desencontros amorosos, a falta de correspondência de ambas as partes e as desilusões.
As obras de Carlos Drummond de Andrade são muito bem elaboradas e ele utiliza diversos recursos linguísticos que as enriquecem.Nem sempre usa rimas, muitas vezes, parece que seus poemas são narrativas que possuem estruturas diferentes e não o “padrão” das estrofes, dos versos. Usa figuras de linguagem (ironia, prosopopeia, antítese, paradoxo, entre muitas outras).Assim, se tornou um dos maiores escritores, conhecido no Brasil e no mundo, como um dos marcos da literatura, com suas poesias e prosas.Ele tinha um jeito próprio, que hoje inspira a muitos: a liberdade de escrever.
N°: 23